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Nilo Peçanha, presidente negro, Maçom e Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil

"Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito".

MAÇONS PRETOS NA HISTÓRIA DO BRASIL

O abolicionista Nilo Peçanha foi Maçom e Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil de 23 de julho de 1917 a 24 de setembro de 1919, quando renunciou ao cargo. Foi ainda "Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito".

Nascido Nilo Procópio Peçanha, em 2 de outubro de 1867, na cidade de Campos dos Goytacazes, no Estado do Rio de Janeiro, era filho do pedreiro Sebastião de Sousa Peçanha e de Joaquina Anália de Sá Freire, descendente de uma importante família de políticos. Quando jovem estudou na Faculdade de Direito de São Paulo e depois ingressou na Faculdade de Direito do Recife, quando se bacharelou em 1887.

Em 1888, Nilo Peçanha voltou para Campos, onde exerceu a profissão de advogado. Mesmo assim sofreu discriminações, sendo descrito como "mulato" e frequentemente ridicularizado na imprensa local em charges e anedotas, que se referiam à "cor da sua pele". Aliás, a elite social de sua cidade chamava-o de "o mestiço de Morro do Coco". Mas isso foi somente o combustível para que ele seguisse em frente.

Atraído pela carreira política, fundou, com Francisco Portela o Clube Republicano de Campos e candidatou-se à Câmara dos Deputados do Império nas eleições de 1889, mas não conseguiu se eleger... Com o advento da República, elegeu-se deputado ao Congresso Constituinte de 1890 até 1891 e à primeira legislatura do Congresso Nacional. Foi reeleito sucessivamente até 1903, quando se tornou Presidente do Estado do Rio de Janeiro. Participou das campanhas abolicionista e republicana. sucessivamente Senador e Presidente do Estado do Rio de Janeiro. Foi eleito a Vice-Presidente de Afonso Pena em 1906. Assumiu a Presidência da República após o falecimento de Afonso Pena, em 14 de junho de 1909 e governou até 15 de novembro de 1910.

Nilo Peçanha é creditado na história do Brasil como "O Patrono da Educação Profissional e Tecnológica".